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Adolfo Simões Müller   Alexandre Honrado   Ana de Castro Osório   Ilse Losa
  José Gomes Ferreira   José de Lemos   Leonel Neves   Luísa Ducla Soares
  Maria Keil   Maria Lamas   Matilde Rosa Araújo   Ricardo Alberty
  Rómulo de Carvalho (António Gedeão)

Se "clicares" nas palavras sublinhadas no interior do texto, obterás um significado ou explicação.


Adolfo Simões Müller

Nasceu em Lisboa, em 1909 e faleceu em 1989.
Foi secretário de redacção do jornal Novidades; fundou, na década de 30, o jornal infantil O Papagaio - que dirigiu até 1941 - , tendo dirigido ainda outro jornal infantil - Diabrete.
Foi director do gabinete de estudos de programas da Emissora Nacional, e produtor de programas para a rádio, entre os quais programas de teatro radiofónico.
Escreveu livros para adultos, mas foi a literatura infantil que o celebrizou.
Adaptou muitas biografias de pessoas importantes na história da humanidade, ( Camões, Miguel de Cervantes, Hans Christian Andersen, Gago Coutinho, Florence Nightingale e muitos outros) numa linguagem fácil de entender por crianças e jovens.
Publicou, entre outros, os seguintes livros infantis:

Recebeu, em 1982, o Grande Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian.


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Alexandre Honrado

Alexandre Honrado teve a sorte de nascer num dia feriado - 1 de Novembro de 1960 - em Lisboa.
Foto de Alexandre Honrado Muito jovem ainda, começou a escrever e a publicar textos em jornais, guardando o Diário Popular como mais forte referência.
O seu livro de estreia, "Castelinhos no Ar", resultou da participação num programa de rádio, e as suas primeiras aventuras de escrita foram peças de Teatro, levadas à cena nas escolas onde estudou.
Tornou-se jornalista; mais tarde professor. Hoje é as duas coisas.
Na RTP participou na preparação de diversos programas, entre os quais "Rua Sésamo" - um dos que lhe deram mais prazer - e "Crianças S.O.S.", cuja segunda série estreia esta semana (30 de Abril a 6 de Maio).
Ocupa lugar destacado numa nova geração de escritores portugueses de literatura para crianças e jovens - com mais de trinta títulos de sua autoria, e alguns premiados.
Diz-se que gosta de pássaros livres, de olhos bonitos, de ler - e sobretudo de viver. É bem-disposto, tem sentido de humor e um geito muito especial de falar com os jovens. Aposto que vai dar um avô delicioso!
Eis os títulos de algumas das suas muitas obras:



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Ana de Castro Osório

Nasceu em Mangualde, a 18 de Junho 1872, e faleceu em Setúbal, a 23 de Março de 1935.Ana de Castro Osório - foto
Influenciada pelas novas ideias sobre as fomas de ensinar as crianças, defendeu a inclusão de contos e rimas nos livros escolares, entendendo que o contacto com estes textos daria às crianças interesse pela leitura e alegria de viver.
Aos 25 anos iniciou, com o título Para as Crianças, a primeira de várias séries de contos tradicionais que foram publicados em fascículos, em Setúbal, entre 1897 e 1935. Estes contos eram escritos de uma forma literária, a partir das narrativas orais que lhe tinham sido transmitidas em criança, na sua terra natal, por um pequeno pastor e uma velha rendeira.
Traduziu contos dos irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e outros escritores estrangeiros; escreveu também peças de teatro infantil.
É por alguns considerada a primeira pessoa que, em Portugal, escreveu obras para as crianças, tendo contribuído muito para o desenvolvimento da literatura infanto-juvenil em Portugal.

Mas não foi só nesta área que Ana de Castro Osório se distinguiu; tendo nascido durante a Monarquia, lutou pelos ideais republicanos e também pela defesa dos direitos das mulheres, tendo fundado a Liga Republicana da Mulheres Portuguesas, e sido subinspectora do Trabalho Feminino. Escreveu livros sobre os problemas das mulheres da sua época.
Viveu no Brasil com o marido - o poeta Paulino de Oliveira, que foi cônsul de Portugal em São Paulo - de 1911 a 1914; lá exerceu as actividades de professora e escritora, tendo alguns dos seus livros sido adoptados em escolas brasileiras.
Foram-lhe atribuídas as condecorações da Ordem de Santiago, que não aceitou, e a Ordem de Mérito Agrícola e Industrial.
Muitas das suas obras foram ilustradas por Leal da Câmara, e algumas foram traduzidas para francês, espanhol e italiano.


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i.gif (2K)lse Losa

Nasceu em 20 de Março de 1913 na pequena aldeia de Bauer, perto de Hannover, no Norte da Alemanha.
Quando tinha cerca de 16 anos a família teve dificuldades financeiras: após a morte do pai o dinheiro não era suficiente para as despesas. A jovem Ilse partiu então para Londres para aperfeiçoar o inglês; tomou conta de crianças e frequentou uma escola.
Ao regressar à Alemanha os partidários de Adolf Hitler começavam a dominar o país. Tentou estudar e trabalhar em Berlim, mas como era judia teve de fugir do país para não ser levada para um campo de concentração.
Assim, em 1934, em plena 2ª Guerra Mundial, acabou por refugiar-se em Portugal, onde adquiriu a nacionalidade portuguesa.
Fixou-se no Porto e casou com o arquitecto Arménio Losa.
Publicou romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e muitos livros para crianças. Fez também traduções de alemão para Português.
O livro "A Quinta das Cerejeiras" teve o Prémio Gulbenkian de Texto em 1982. Em 1984, Ilse Losa obteve o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças pelo conjunto da sua obra.
Faleceu no Porto, em 6 de Janeiro de 2006, com 92 anos.

Entre muitos outros, da mesma autora podes ler:


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j.gif (2K)osé Gomes Ferreira - Um homem do tamanho do Século

Talvez não tenha sido por acaso que nasceu na Rua das Musas no Porto - em 9 de Junho de 1900; a família mudou-se para Lisboa, cidade pela qual veio a apaixonar-se, quando ele tinha quatro anos.
Na manhã de 5 de Outubro de 1910 - data da Revolução Republicana -, correu para a rua aos vivas, com uma bandeira de papel de seda, verde e vermelho, presa ao cabo de uma vassoura.
Estudou nos Liceus de Camões e Gil Vicente, em Lisboa. Cedo o pai descobriu nele capacidades para a literatura e a música, e ofereceu-lhe meios de desenvolvê-las. Acabou por organizar um quarteto musical que chegou a fazer uma tournée pelas Ilhas da Madeira e Açores, após a qual compôs um poema sinfónico - Idílio Rústico, inspirado no livro de Trindade Coelho "Os meus amores".
Viveu os acontecimentos da Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918). Entusiasmou-se com a revolução russa de 1917. Opôs-se à ditadura de Sidónio Pais, tendo queimado um retrato do político no Café Gelo, em Lisboa, num gesto de desafio.
Aos 18 anos era director da revista Ressurreição, na qual Fernando Pessoa chegou a colaborar com um soneto. No mesmo ano - 1918 - publicou o primeiro livro de poesia, Lírios do Monte, que mais tarde renegou.
Formou-se em Direito em 1924. Foi cônsul de Portugal na Noruega (1926/29).O Poeta aos 79 anos Em 1930 iniciou a colaboração em várias revistas, tendo sido redactor principal da Imagem. A partir desta altura começou a escrever e publicar livros com regularidade; iniciou a publicação periódica de contos, para a revista infantil "Senhor Doutor", - sob o pseudónimo de Avô do Cachimbo - que viriam mais tarde a dar origem ao livro "As Aventuras de João Sem Medo". Foi também crítico de cinema, trabalhou em filmes dos realizadores Chianca de Garcia e Cotinelli Telmo. Foi programador do Cinema Tivoli em Lisboa, e traduziu centenas de filmes.
Chorou com a Guerra Civil de Espanha. Revoltou-se com a Segunda Guerra Mundial. Resistiu à ditadura de Oliveira Salazar, período durante o qual o seu filho mais velho foi preso pela PIDE - polícia política.
Em 1958 foi encarregado juntamente com o poeta Carlos de Oliveira, pela editora Iniciativas Editoriais, de analisar e escolher contos tradicionais portugueses, que foram ilustrados por Maria Keil e publicados com o título de "Contos tradicionais Portugueses".
Em 1973 retomou os contos outrora publicados, e editou o livro "Aventuras Maravilhosas de João Sem Medo" - a única obra escrita para jovens. Este livro veio a ter mais duas edições, com o título modificado ("Aventuras de João Sem Medo) em 1974.
Ao longo de toda a vida foi escrevendo e publicando com regularidade: sobretudo poesia, mas também ficção, uma peça de teatro ("5 Caprichos Teatrais: inspirados na Revolução Portuguesa de 25 de Abril de 1974" Diabril, Lisboa, 1977), crónicas, memórias, um diário em 3 volumes, artigos e crónicas para diversas publicações. Fez ainda traduções, e gravou discos de poesia.
E porque surge aqui um autor que tanto escreveu, com uma única obra para os mais novos? Apenas porque ele é um dos maiores poetas Portugueses não só do Séc. XX, mas de todos os tempos, e aqui achamos que é importante que conheças este nome e, se puderes, leias a sua obra - sobretudo "As Aventuras de João Sem Medo".
O pota faleceu em Lisboa, às 14 horas do dia 8 de Fevereiro de 1985.

"Foi uma personalidade rara, um criador prodigioso, um humanista insubmisso e generoso, um sonhador da liberdade."

António Cunha, Director da Videoteca da Câmara Municipal de Lisboa

Eis os títulos de algumas das suas muitas obras:


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l.gif (2K)eonel Neves

Nasceu a 20 de Junho de 1921, em Faro.
Aí estudou até ao 6º ano do Liceu (corresponde, hoje, ao 10º ano de escolaridade).
A partir de 1937 passou a viver em Lisboa, onde obteve a licenciatura em Ciências Matemáticas na Universidade de Lisboa.
Pertenceu ao primeiro curso de meteorologistas portugueses, e ingressou no Serviço Meteorológico Nacional no seu início, em 1946.
O seu trabalho levou-o aos Açores, onde ficou durante dois anos, a Moçambique - 6 anos - e ainda Timor-Leste (2 anos).
Desde muito novo colaborou em vários jornais e revistas, tendo publicado o seu primeiro livro de poemas em 1940.
Só após os 50 anos se dedicou à literatura para jovens; veio a falecer em Odiáxere, perto de Lagos, em 1996.
Deixou uma vasta obra - sobretudo de literatura juvenil - tendo publicado, entre outros:


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l.gif (2K)uísa Ducla Soares

Nasceu em Lisboa, em 1939.
Publicou os primeiros poemas aos 10 anos, e nunca mais deixou de os escrever.
Tirou um curso de Letras; foi jornalista, tradutora, e trabalha actualmente na Biblioteca Nacional em Lisboa.

Em 1972, ainda na época da Ditadura, foi-lhe atribuído um prémio pelo livro A História da Papoila, que a escritora recusou.

Foi sobretudo após o 25 de Abril que publicou a sua obra, tendo recebido em 1986 o " Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças" pelo livro Seis Histórias de Encantar, publicado no ano anterior.

Em muitos dos seus textos encontramos uma mensagem, uma opinião, uma moralidade da história (como nas fábulas); em alguns poemas encontramos divertidos jogos de palavras e de sons.
Eis alguns dos livros que publicou:


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m.gif (2K)aria Lamas

Nasceu em Torres Novas a 6 de Outubro de 1893, com o nome de Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, e faleceu em Lisboa a 6 de Dezembro de 1983.
Estreou-se no jornalismo, dirigindo ou colaborando em secções infantis de alguns jornais, sob o pseudónimo de Rosa Silvestre.
Na literatura, publicou em 1923 o seu primeiro livro de poesia - "Humildes".
A partir de 1926 foi directora do suplemento " Modas e Bordados" do jornal "O Século", cargo que ocupou até 1947.
Lutou pelos direitos das mulheres, o que lhe trouxe conflitos com as autoridades do país, sendo presa diversas vezes pela PIDE.
Em 1935 aderiu à Associação Feminina para a Paz. Tornou-se membro do MUD juvenil (associação política para jovens). Em 1946 foi eleita presidente do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, encerrado no ano seguinte; foi eleita para o Conselho Mundial da Paz em 1954. Esteve exilada em Paris por motivos políticos entre 1962 e 1969.
Após o 25 de Abril de 1974 regressou à direcção do suplemento "Modas e Bordados", na altura já transformado em revista independente do jornal "O Século". Quatro anos mais tarde foi dirigir a revista "Mulheres", cargo em que se manteve até à morte, aos noventa anos.
Para além da sua obra como romancista e autora de literatura infantil, publicou estudos sobre a situação da mulher - As Mulheres do Meu País, reportagem publicada em fascículos entre 1947 e 1950 e A Mulher no Mundo (1952).

Algumas das obras da autora:


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m.gif (2K)atilde Rosa Araújo

De seu nome completo Matilde Rosa Lopes de Araújo, nasceu em Lisboa em 20 de Junho de 1921.
Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa, tendo terminado o curso de Filologia Românica no ano de 1945. Fez o estágio no ensino técnico, tendo sido professora em vários locais do país; acabou por fixar-se em Lisboa.
Recebeu um primeiro prémio no concurso do jornal O Século "Procura-se um Novelista", e no Jogos Florais Universitários de 1945, com o livro de contos Estrada sem nome - que foi publicado em 1947.
Colaborou em diversos jornais e revistas, escrevendo geralmente sobre a arte da educação e do ensino.
Escreveu, para adultos, contos em que descreve a realidade de uma forma poética.
Além de ter estudado a literatura infantil, tem escrito contos e livros de poesia, tentando transmitir aos jovens as suas ideias educativas e moralizadoras através de palavras delicadas em textos que também distraem e divertem.
Em 1980 recebeu o "Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Para Crianças", ex-aequo com Ricardo Alberty.
Publicou, entre outras obras:


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r.gif (2K)icardo Alberty

Nasceu em Lisboa em 22 de Agosto de 1919, com o nome completo de Ricardo da Costa Rosa y Alberty.
Frequentou o Curso Superior de Letras e o Conservatório Nacional, tendo concluído o curso de Desenho e Pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes.

Fez traduções (de Walt Disney), adaptou clássicos da literatura infanto-juvenil mundial - desde autores importantes como Grimm até contos tradicionais (da África ao Tibete, da Espanha ao México) e fábulas de Esopo - e traduziu obras de William Shakespeare.
Além disso escreveu muitas obras literárias, sobretudo para crianças: contos, fábulas, peças de teatro infantil e de fantoches.
Foi um elemento importante do "Grupo de Amigos de Olivença"

O seu primeiro livro, "A galinha Verde", é provavelmente o seu livro mais conhecido; teve várias edições, e recebeu, em 1960, o "Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho". A sua peça "O Guarda-Chuva e a Pomba" é considerada o primeiro texto teatral para mimo escrito em Portugal e destinado a crianças.
Os temas das suas histórias são, geralmente, a tradição, o conto de fadas, as histórias maravilhosas; usa uma linguagem terna, cheia de cor e imaginação.
Recebeu, em 1980, o "Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Para Crianças", ex-aequo com Matilde Rosa Araújo.
Faleceu em Lisboa, em 1992.
Algumas obras do autor:


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r.gif (2K)ómulo de Carvalho

Nasceu em 1906 em Lisboa, onde faleceu em 1997.
Tirou o curso de Ciências Físico-Químicas no Porto, e dedicou-se ao ensino liceal (naquele tempo, após a Escola Primária, os estudos eram continuados no Liceu ou na Escola Técnica).
Foi ainda historiador da ciência portuguesa, e um dos nossos grandes poetas.
Teve um papel importante na divulgação de temas científicos, colaborando em revistas e escrevendo obras que foram publicadas na colecção "Ciência Para Gente Nova".
Revelou-se como poeta aos 50 anos (em 1956), com a obra Movimento Perpétuo, tendo publicado a obra poética com o pseudónimo de António Gedeão. Alguns dos seus poemas foram musicados, tornando-se canções muito conhecidas - sobretudo na década de 70.
No seu nonagésimo aniversário, recebeu uma homenagem nacional, tendo sido condecorado com a Grã Cruz da Ordem de Sant'Iago de Espada.
Eis os títulos de algumas das suas (muitas) obras:


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Actualizado em 6 de Janeiro de 2006